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Decit/SECTICS compõe conversa sobre redes interinstitucionais no avanço da ciência

Evento WebRebrats reúne representantes de redes no âmbito da SECTICS para troca de experiências e melhores práticas

União e diálogo entre as redes interinstitucionais para o avanço da saúde. Uma frase que resume o encontro online realizado pela Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Rebrats) na última sexta-feira (24).

24/05/2024

Com o tema “Explorando novas fronteiras: papel das redes interinstitucionais no avanço da ciência e seu potencial de colaboração”, o evento reuniu representantes da Rede de Economia da Saúde (Rede ECOS), Rede para Políticas Informadas por Evidência do Brasil (EVIPNet Brasil) e Rede Brasileira de pesquisa Clínica (RBPClin).

Rafaella Nóbrega moderou a conversa e apresentou a Rebrats como um “elo” entre as redes, unindo-as com seus diferentes focos, mas com o mesmo objetivo de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS).

Jamyle Grigoletto, Coordenadora de Ações Estruturantes em Economia da Saúde (CAESA/DESID/SECTICS/MS) e coordenadora da Rede ECOS, apresentou a rede e seus principais objetivos, como o apoio à implementação de políticas públicas em Economia da Saúde, a produção e disseminação da informação e o fomento à formação de técnicos e gestores do SUS. “A rede ECOS possui um papel de colaboração, articulação, integração e de cooperação técnica e científica”, afirma.

A Coordenadora-Geral de Evidências em Saúde, Patricia Couto, apresentou a EVIPNet Brasil e sua atuação na implementação de Políticas Informadas por Evidências (PIE), capacitação de indivíduos e organizações na saúde pública, assim como o serviço prestado de produção de evidências para apoio à tomada de decisão dos gestores. Patricia também enfatizou o diálogo entre as redes, com articulação nacional e internacional, e contribuição constante com a EVIPNet Global. 

Para Patricia, um dos maiores desafios está na tradução do conhecimento. “É preciso aproximar os envolvidos e conseguir definir o que traduzir de cada pesquisa, como e para quem “, ressaltou.

Representando a RBPClin, Giovanny de França, Coordenador-Geral Substituto de Ações Estratégicas em Pesquisa Clínica, frisou que a rede tem como missão promover pesquisa clínica de qualidade em benefício da saúde da população com articulação, treinamento e parcerias entre diferentes atores na sociedade.

Ele destacou o constante aprimoramento de toda a rede, visando o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias para o SUS. Também apontou o fomento de pesquisas no Programa Genomas Brasil, incentivando o desenvolvimento científico e tecnológico nacional nas áreas de genômica e saúde de precisão. 

Atuação em novos cenários

Durante o evento, espectadores questionaram os participantes sobre os novos desafios encontrados na formação de novos gestores e profissionais de saúde, principalmente com o uso da Inteligência Artificial (IA), por exemplo.

Patricia Couto afirmou que estão avaliando o uso de IA na EVIPNet para tornar a avaliação de evidências mais rápida, porém com a devida atenção a questões de regulamentação e ética. Existe a intenção de restruturação do site, oferecendo maior visibilidade aos NEvs, seus produtos e ferramentas.

Giovanny de França ressaltou que o uso de IA também está sendo discutido, citando que há previsão das próximas chamadas públicas contemplarem o uso de IA no âmbito da pesquisa clínica. 

Já Jamyle Grigoletto afirmou que é muito importante considerar o benefício social, econômico e também o impacto ambiental sobre este tema. 

Outro participante questionou como poderiam ter sido utilizadas as evidências científicas em conjunto com as pessoas que estão impactadas e vulneráveis devido à falta de planejamento nas cidades, citando o cenário atual das chuvas no Rio Grande do Sul.

Os participantes prestaram solidariedade e lamentaram a situação vivida pelo estado. Patricia Couto frisou a importância das evidências científicas, destacando que é preciso colocá-las em prática para prevenção de cenários deste tipo.

Ao final do encontro, todos reforçaram a importância do trabalho conjunto entre as redes, com a construção de diálogos para aprimorar a agregar suas atuações. Rafaella Nóbrega concluiu com a afirmação de que “as redes sempre vão se apoiar e, em algum momento, vão se conectar”.

Fonte: Vicente Ramos/Ministério da Saúde.

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