1º Encontro da Rede para Políticas Informadas por Evidências em Saúde no Maranhão marcou a implantação do Núcleo de Evidências no estado.
14/05/2024
Ocorreu na última terça-feira (14), em São Luís – MA, o 1º Encontro da Rede para Políticas Informadas por Evidências em Saúde no Maranhão, realizado com o objetivo de promover o uso local de conhecimento científico nos processos decisórios em saúde, e dialogar sobre a institucionalização da Rede Aberta de Pesquisa do Núcleo de Evidências em Saúde do Maranhão (REPENEv-MA).
O evento foi promovido pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em parceria com a Superintendência Estadual do Ministério da Saúde do Maranhão (SEMS-MA), a Secretaria de Estado da Saúde (SES-MA) e a Coordenação-Geral de Evidências em Saúde (CGEvi) do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit) da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (SECTICS) do Ministério da Saúde (MS).
Além do debate sobre a importância do uso de evidências nas diversas áreas da saúde e para o Sistema Único de Saúde (SUS), o encontro oficializou a implantação do Núcleo de Evidências em Saúde no Maranhão, a Rede Aberta de Pesquisa do Núcleo de Evidências em Saúde do Maranhão (REPENEv-MA) no âmbito da Rede EVIPNet Brasil.
Patricia Couto, Coordenadora-Geral de Evidências em Saúde (CGEvi/Decit/SECTICS/MS), apresentou a Rede EVIPNet-Brasil e salientou a importância de reunir atores de diversas esferas da Saúde na discussão sobre o SUS, como otimizar esforços e garantir saúde para toda a população brasileira, principalmente com a utilização de evidências e combate à desinformação.
Também destacou a missão do Departamento de Ciência e Tecnologia em fomentar conhecimentos científicos, tecnológicos e de inovação em saúde para auxiliar na tomada de decisão, trabalhando pelo futuro do SUS. Reforçou que a evidência científica auxilia na tomada de decisão e otimiza o uso de recursos públicos, sendo importante o diálogo entre todos os envolvidos.
Potencialidades e desafios
Prof.ª Drª Ilana Mirian, coordenadora da REPENEv-MA da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) abordou as potencialidades e desafios da implantação de um NEv no estado. Para ela, o SUS “é de todos e deve ser defendido por meio da implantação de um NEv, agregando a sociedade, comunidade científica, gestores, pesquisadores, participação comunitária e todos seus usuários”.
Destacou que as evidências são utilizadas no cotidiano em toda sociedade, com exemplos como protocolos, artigos científicos, diagnósticos de saúde, relatos de pacientes, técnicas de tratamentos, entre outros.
Sobre os desafios, citou o baixo número de NEVs ligados à Rede EVIPNet-Brasil e como é difícil utilizar evidências para tomada de decisão, pois depende de diversos fatores como normas, ideologias, entre outros. Porém, ressalta que “(…) a evidência deve informar, e não determinar o processo de formulação de políticas públicas”.
Entre as possibilidades, a professora ressaltou que uma evidência pode ajudar a levantar e localizar problemas na agenda de gestores, permitindo que pensem de forma diferente sobre os problemas e soluções. Além disso, auxiliam a justificar decisões tomadas e a atender especificidades de diferentes regiões do país.
Diálogo para o fortalecimento do uso de evidências
O Superintendente Estadual do Ministério da Saúde no Maranhão (SEMS/MA), Glinoel Oliveira Garreto, destacou o valor do uso de evidências, destacado ainda mais durante a pandemia da Covid-19. Defendeu também que é preciso levar saúde com evidência para toda a população brasileira.
Em outro momento, Mayra Nina, Superintendente de Saúde Digital (SES/MA), falou sobre a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) Baseada em Evidências. Ela frisou que o encontro foi um marco no estado, com um direcionamento mais adequado para o trabalho com evidências e a relevância de se utilizar dados, análise e informação.
Ao final do encontro, Claudia Fernanda Costa Silva, analista do Serviço de Articulação Interfederativa e Participativa (SEINP/SEMS-MA) abordou a necessidade da articulação entre governo, gestores e a sociedade. A analista reforçou a importância da participação social e como a articulação auxilia conhecer as especificidades de cada território.
Fonte: Vicente Ramos/Ministério da Saúde.
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